sábado, 16 de fevereiro de 2013

Conselhos para bem escrever!

Percursos da escrita * 1ª etapa: Planificação ( a planificação exige um percurso com vários momentos) - 1º momento Escolhido o assunto a desenvolver, deves registar todas as ideias que te vierem à mente sem qualquer preocupação de ordenação. É uma listagem desordenada. - 2º momento Relê a listagem e, tendo em mente o assunto escolhido seleciona apenas as ideias e as frases que são úteis, pondo de parte as inúteis e supérfluas. Nem tudo o que escreveste no primeiro momento interessa. - 3º momento Selecionadas as ideias, há que colocá-las por uma determinada ordem porque um texto é um tecido ordenado. O caminho a seguir pode ser duplo: do mais importante para o menos importante ou vice-versa. A ordenação deve ser visível. - 4º momento Da posse dos dados anteriores, é a altura de traçar o plano do texto. De forma geral, o texto deve ser estruturado nos três momentos clássicos: introdução, desenvolvimento e conclusão. A introdução deve indicar o assunto que vai ser desenvolvido e o plano que se vai seguir. Deve ocupar um ou dois parágrafos. O desenvolvimento retoma as ideias já selecionadas, desenvolve-as, de modo que haja dinâmica e progressão, exemplifica para tornar mais evidente a realização do tema e estabelece as relações de semelhança ou de oposição, de causa ou consequência, ou outras, utilizando os conectores do discurso, indicados abaixo. A conclusão é importante porque deixa a última impressão. * 2ª etapa: a redação É necessário recordar algumas normas. a) As frases devem ser completas. b) A cada ideia completa deve corresponder um parágrafo. c) Para a expressão lógica das ideias, é preciso utilizar com cuidado: a coordenação e a subordinação. (O uso sistemático da coordenação, sobretudo da conjunção e, torna o discurso pobre e próximo da língua falada.) os conectores ou os articuladores do discurso. Eis os principais: para explicitar: isto é, ou antes, ou melhor, neste caso, sendo assim, por vezes, aliás, etc. para provar: com efeito, sem dúvida, na verdade, deste modo, efetivamente, etc. para exemplificar: por exemplo, importa salienta." assim, tome-se como exemplo, etc. para reforçar ideias: além disso, como já foi dito, por esta razão, etc. para atenuar, restringir ou opor ideias: mas, no entanto, pelo menos, todavia, sobretudo, ressalve-se, etc. para concluir: finalmente, em conclusão, conse­quentemente, etc. *3ª etapa: a revisão Os grandes escritores confessam que revêem várias vezes os seus originais. Após teres escrito o texto, tu também vais ter necessidade de fazer uma revisão para corrigires determinadas faltas. a) A ortografia Há, por vezes, palavras mal escritas ou sobre as quais temos dúvidas. Será necessário consultar um dicionário, se não formos capazes de as resolver. b) A acentuação Todas as palavras estão bem acentuadas? No caso de dúvida, consulte-se o dicionário. c) As repetições Quantas vezes se repetiu a mesma palavra? Como é que se podem evitar as repetições? Temos à mão os pronomes que podem substituir os nomes; temos à mão os sinónimos de palavras repetidas; por vezes, a omissão da palavra repetida é a solução. Lembremos o caso dos verbos que, em certos contextos, implicam o sujeito não expresso. d) A pontuação É necessário dominar as regras da pontuação. e) O vocabulário Quando escrevemos um texto, devemos evitar dois defeitos: o uso de palavras banais e o uso de palavras ditas "difíceis". No primeiro caso, o texto será muito pobre e poderá confundir-se comum texto oral; no segundo caso, é errado pensar que o texto vale mais por conter palavras "difíceis". O melhor método é saber escolher os vocábulos mais adequados às ideias que queremos exprimir. A revisão do texto escrito permite a selecção do melhor vocabulário. f) A expressividade Na alínea anterior já se evidenciou a necessidade de saber usar um vocabulário preciso. Agora insiste-se na expressividade, isto é, numa qualidade que torna o texto mais belo. Não se pedem textos de nível literário, mas que sejam usados alguns recursos já conhecidos, como, por exemplo, a personificação, a comparação, a metáfora, etc. A expressividade resulta da conjugação de vários factores, desde o vocabulário com maior capacidade de significação, a combinação da coordenação e da subordinação, até às figuras de estilo, usadas com moderação e saber. g) A caligrafia Nunca é de mais salientar a necessidade de escrever de forma legível. Que má impressão nos causa uma caligrafia tosca, mal desenhada, por vezes indecifrável! Parece que já não se aprende a desenhar as letras correctamente. Quem lê manuscritos antigos não deixa de se deleitar com a beleza de uma caligrafia com requinte de arte. O que se pede é que se escreva de forma bem legível.

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